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| Assunto: Vestimentas da era vitoriana (Victorian age) 1831-1901 Sex Out 23, 2009 5:24 pm | |
| Entre as tendências mais marcantes desta temporada, está a era vitoriana como influenciadora direta da moda dos últimos tempos. Tem sido cada vez mais comum encontrarmos nas roupas de agora traços da moda daquele período (séc XIX). Nos desfiles europeus, nas coleções para o Outono/Inverno, houveram muitas alusões ao passado, especialmente à época do reinado da rainha Vitória (1837-1901). É a moda repleta de volumes, forma balão, mangas fofas, muitos babados, rendas e gola alta. Além, é claro, das tonalidades escuras e a clássica sobriedade do preto. O início do período vitoriano (1837- 1860) é marcado pelo extremo recato das mulheres, que tinham seus movimentos restritos pelas pesadas vestes, mangas coladas e crinolina. A aparência das damas era de vulnerabilidade, as roupas eram desenhadas para fazerem as mulheres parecerem fracas e impotente, como de fato elas eram. As cores eram claras. O espartilho, que fazia mal à coluna e deformava, inclusive os órgãos internos, as debilitava ainda mais, impedindo-as de respirar profundamente. Além de elegante, o espartilho era considerado uma necessidade médica à constituição feminina, usado, inclusive, em versões juvenis a partir dos três ou quatro anos. Vestido de 1860 | Os cabelos eram cacheados, o ideal de beleza do início da era vitoriana exigia às mulheres uma constituição pequena e esguia, olhos grandes e escuros, boca pequenina e ombros caídos. A mulher deveria ser algo entre as crianças e os anjos: frágeis, tímidas, inocentes e sensíveis. A fraqueza e a inanidade eram consideradas qualidades desejáveis em uma mulher, era elegante ser pálida e desmaiar facilmente. “Saúde de ferro” e vigor eram características “vulgares das classes baixas”, reservadas às criadas e operárias. |
No livro “A Linguagem das Roupas”, Lurie descreve sobre o debilitante espartilho: “A mulher vitoriana usava várias camadas de corpetes. Três ou mais anáguas, uma armação de saia ou crinolina, e um vestido comprido que talvez contivesse vinte metros de lã grossa ou seda, e que freqüentemente, tinha barbatanas no corpinho e era adornado com tecido, fitas e contas complementares. Quando saía de casa, acrescentava um xale pesado e uma grande touca ou chapéu decorado com penas, flores, fitas e véu. Tudo junto, talvez carregasse de cinco a quinze quilos de roupa.” | |
O reinado da rainha Vitória é marcado pela instalação moral e puritanismo, ela era uma figura solene. Em 1840 ela casa-se com Albert, e este torna-se o Príncipe Consorte. Esta época é tida como o apogeu das atitudes vitorianas, período pudico com um código moral estrito. Isto dura, aproximadamente, até 1890, quando o espirituoso estilo de vida “festeiro e expansivo” do príncipe de Gales, Edward, ecoava na sociedade da época. Em 1861 morre o príncipe Albert e ela mergulha em profunda tristeza, não tirando o luto até o fim de sua vida (1902). A morte do príncipe Albert marca o início da segunda fase da era vitoriana. As roupas e as mulheres começam a mudar, os decotes sobem e as cores escurecem. A moda vitoriana do luto extremo e elaborado vestiu de preto britânicos e americanos por bastante tempo e contribuiu para tornar esta cor mais aceita e digna para as mulheres. Mesmo as crianças usavam o preto por um ano após a morte de um parente próximo. Uma viúva mantinha o luto por dois anos, podendo optar – como a rainha Vitória – por usá-lo permanentemente. Manta de 1890 | No final da era Vitoriana as saias já não são enormes, tornando-se mais justas. Em 1901 Eduardo VII se torna rei e já estamos na Belle Époque (1890 – 1914). A moda deste período é marcado pelo luxo e beleza das roupas, grandes chapéus muito bem e divertidamente ornados, muitas plumas e bordados. O rei é conhecido por seus apetites, amantes, extravagâncias e excessos, o oposto do recato e moralidade de sua mãe. A mais convencional mulher eduardiana e a do final do período vitoriano, já não era tão infantil e frágil. Nas décadas finais do século XIX, a mulher ideal se tornava cada vez mais madura. Novamente, a moda condescendente se alterou para se ajustar ao novo ideal. As curvas se acentuaram, o tecido se tornou mais pesado e as cores mais fortes e sóbrias. |
Leia essa pesquisa completa no site modamanifesto. Vestidos bordados de 1890 e 1881 | | | | | | | | |
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